Acordar com o despertador no limite, tomar café enquanto desce o elevador, checar e-mails e aproveitar aqueles segundos para passar enquanto o semáforo está no amarelo. A vida está mais corrida e as pessoas estão cada vez mais acostumadas a viver nesse ritmo. Não é à toa que cerca de 30% dos brasileiros possuem a síndrome da pressa, segundo oInternational Stress Management Association no Brasil(ISMA-BR). A síndrome consiste em um problema comportamental e psicológico e ainda não é distinguida como doença pela psiquiatria. Falta de paciência, tensão, dificuldade de convívio e problemas recorrentes de estresse são algumas características.
Na contramão dessa pressa toda, tem aumentado a popularidade do “movimento slow”, que defende a busca por uma vida mais devagar. Um dos paladinos do tema é o jornalista canadense Carl Honoré, que virou defensor de uma vida com menos pressa depois de se ver comprando uma coleção de livros de histórias de um minuto para seus filhos. Ele refletiu que estava abrindo mão de um tempo precioso com as pessoas que realmente importavam para ele, tentando “otimizar” até mesmo o tempo de cuidado e carinho com os próprios filhos. A partir desse insight, ele decidiu escrever o livro “Slow”, mostrando os benefícios de frear um pouco a pressa cotidiana.
Por uma medicina sem pressa e mais atenta