As fontes de água doce estão localizadas nas cabeceiras do Pantanal, região ameaçada e em alto risco (Foto: Lucas Leuzinger)
O Pantanal é a maior área úmida do planeta: seus 170.500,92 km2 se estendem por parte dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Bolívia e Paraguai. Suas matas verdes, a diversidade de aves e peixes e as áreas alagadas formam o cartão-postal mais conhecido por todos. Mas toda essa beleza e grandiosidade estão em risco. O desmatamento, a falta de saneamento básico nas cidades e as más práticas agropecuárias são grandes ameaças às espécies – mais de 4 mil animais e plantas já registrados – e principalmente às nascentes, lagos e rios do Pantanal. Pensando nisso, o WWF-Brasil vem desde julho de 2015 implementando diversas ações com o objetivo de conservar os rios e as nascentes do Pantanal. Hoje, 70 nascentes que alimentam os rios Jaurú, Sepotuba, Cabaçal e Alto Paraguai, no Mato Grosso, estão em processo de recuperação. Todas elas se encontram na região das cabeceiras, planalto onde nascem as águas que descem e inundam a planície pantaneira.
“Recuperar nascentes não é agir apenas no local onde ela está. É conservar toda uma cadeia hidrológica, todo um ecossistema como o Pantanal, que tem mais de quatro mil espécies animais e vegetais registradas ”, afirma Júlio César Sampaio, coordenador do Programa Cerrado Pantanal do WWF-Brasil.