Por: Carlos Chagas
A repetição, pelo Lula, de que será candidato em 2018, tem tido correspondência nas pesquisas eleitorais. Está na frente e até poderá vencer no primeiro turno, na hipótese de disputar o palácio do Planalto. Não adianta brigar com a notícia, muito menos ficar torcendo para o companheiro tropeçar na Lava Jato e ficar proibido de se apresentar por suposta condenação em segunda instância. Tudo tem que ser no voto.
Para impedir o retorno do Lula, só apresentando um candidato capaz de vencê-lo, senão no primeiro, ao menos no segundo turno. É aqui que as coisas enrolam para os adversários. Porque a maioria dos partidos, descrente da existência de um contendor à altura do Lula, aferra-se à perspectiva de impedir o ex-presidente, ao invés de eleger uma candidato. Quer dizer, no desespero, querem ganhar no tapetão.
O motivo é simples: os demais possíveis concorrentes não sensibilizam o eleitorado. Pelo contrário, perdem apoio a cada pesquisa.