Foto: Divulgação/Fetape
A pauta da Reforma da Previdência é um assunto sério, mas que, por isso mesmo, deve ser tratada nos mais diferentes espaços. No Carnaval, por exemplo, momento cultural de grande importância para o povo pernambucano, “esse bloco deve ser colocado na rua“, mostrando a indignação dos trabalhadores e trabalhadoras, especialmente os rurais, diante da proposta apresentada por Michel Temer. Nessa estratégia, a irreverência dos/as jovens precisa ser valorizada. Para a diretora de Políticas para a Juventude da Fetape, Adriana do Nascimento, a todo momento é possível lutar contra a ameaça aos direitos. “Não podemos ficar calados diante dessa situação. Eles querem descontruir um projeto que é recente, que é o benefício previdenciário, fazendo com que a juventude perca a esperança de acesso à aposentadoria”, analisa.
A diretora afirma que o Movimento Sindical Rural vem fortalecendo junto a sua base a luta por um campo digno para que homens e mulheres possam viver e produzir. Porém, com essa reforma, será difícil assegurar a sucessão rural. “Sem perspectivas, esse será um dos fatores que mais impulsionará a juventude a sair do campo. Perdendo a função de segurado especial, que temos hoje como trabalhadores e trabalhadoras rurais, como a juventude terá a possibilidade de viver sua aposentadoria no campo, com qualidade de vida?”, questiona. Ela explica, ainda, que a Reforma não está levando em conta que a relação do rural com o trabalho é diferenciada, especialmente devido a fatores ligados à exposição climática, a questões geográficas.