Dados da Federação Nacional das Associações de Celíacos apontam que há cerca de dois milhões de portadores de doenças celíacas no Brasil
O glúten é uma proteína presente naturalmente em alguns cereais e, às vezes, não é bem aceito pelo intestino. A doença celíaca é uma desordem sistêmica autoimune, desencadeada pela ingestão de glúten, e seu consumo causa uma inflamação crônica da mucosa do intestino delgado, que pode resultar na atrofia das vilosidades intestinais, com consequente má absorção intestinal e suas manifestações clínicas. “As pessoas portadoras de doença celíaca não podem consumir alimentos que contenham trigo, aveia, centeio, cevada e malte ou os seus derivados” explica Mônica Beyruti, nutricionista membro do Departamento de Nutrição da ABESO e especialista em nutrição em cardiologia pela SOCESP e fisiologia do exercício pela UNIFESP.
Os portadores de doenças celíacas podem apresentar vários sintomas, sendo que os mais comuns são: diarreia crônica, prisão de ventre, vômitos, anemia, dor e distensão abdominal.
No Brasil, de acordo com a Federação Nacional das Associações de Celíacos, a prevalência desta doença chega a dois milhões de pessoas, mas a maioria dos afetados ainda não possui um diagnóstico. “Dados apontam que entre 1% e 2% da população mundial apresenta intolerância ao glúten. A doença é crônica, seus portadores devem adotar uma alimentação restrita a essa proteína”, ressalta a nutricionista.