No município não existe coleta das embalagens vazias de agrotóxicos e os agricultores não sabem o que fazer com elas. Alguns produtores rurais, em dúvida entre enterrar e queimar esse tipo de lixo que toma conta de suas propriedades, vão acumulando o material, que fica ao alcance de animais domésticos, silvestres e das criações para consumo familiar. Outros não se preocupam com o destino do produto, jogando as embalagens a céu aberto, em qualquer lugar da propriedade.
É comum encontrar embalagens de agrotóxicos ao lado de pontos de água, impregnando o solo e podendo levar o veneno, por infiltração, às águas do rio São Francisco, estagnadas no lago de Itaparica, que serve ao município e região. Por outro lado, restos dos produtos em pó cobrem o solo e são espalhados pelo vento que sopra também as pulverizações dos defensivos líquidos.
Com a redução da vazão do rio São Francisco, a jusante (abaixo) das barragens de Sobradinho e Xingó, a renovação das águas do lago de Itaparica será ainda mais precarizada, aumentando o teor de concentração dos agrotóxicos que ali chegam por infiltração no lençol freático ou por escoamento das lavouras ribeirinhas.
Finalmente, vale lembrar que Petrolândia tem alto índice de câncer entre sua população e o motivo principal é este: comer, beber e respirar veneno o tempo inteiro.
Da Redação do Blog de Assis Ramalho