Foto: G1 PE
Em entrevista coletiva, nesta quinta-feira (6), o Ministério Público de Pernambuco, juntamente com o Ministério Público de Contas e a Polícia Civil, apresentou um balanço da execução dos 27 mandados, sendo 14 de busca e apreensão e 13 de condução coercitiva (foram cumpridos dez dos 13), realizados na quarta-feira (5), em Itamaracá, como uma das fases daOperação Itakatu, que investiga as irregularidades na coleta do lixo na Ilha, na gestão municipal atual. Foram apreendidos documentos, celulares, notebook, dinheiro em espécie e cheques, e um revólver calibre 38 sem registro. Uma das pessoas conduzidas foi o prefeito da Ilha de Itamaracá, Paulo Batista de Andrade. Os outros alvos dos mandados de condução coercitiva para prestar depoimento foram servidores municipais e empresários.
O coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), procurador de Justiça Ricardo Lapenda, explicou que a investigação, que ainda encontra-se em curso, foi iniciada com a representação feita ao MPPE pelo MP de Contas, com relatório de auditoria com mais de 100 páginas, apresentando suposto esquema de crime organizado, nos contratos para a prestação do serviço de recolhimento e tratamento do lixo na Ilha de Itamaracá. A investigação está analisando possíveis fraudes de licitação (uso do dispositivo que dispensa licitação e permite contratação direta); empresas de fachadas e a participação de empresas existentes; desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro. Ricardo Lapenda elogiou a participação da Polícia Civil em toda a operação, bem como da atuação proativa da Justiça.