Lula chega ao assentamento Normandia, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e é ovacionado pelo povo (Fotos; Assis Ramalho).
Coordenador do MST Jaime Amorim e Lula - fotos: Assis Ramalho
Lula em almoço no alojamento do assentamento Normandia, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).
Senador Humberto Costa (fotos; Assis Ramalho)
João Paulo e Fernando Ferro em foto para o Blog de Assis Ramalho
Escola do Centro de Formação Paulo Freire, que capacita trabalhadores rurais
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou nesta quarta-feira (13), o assentamento Normandia, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).
Lula foi apresentado à escola do Centro de Formação Paulo Freire, que capacita trabalhadores rurais. Lula conheceu também a plantação e a agroindústria que existem no assentamento juntamente com trabalhadores e as gestoras da agroindústria do assentamento, Mauricéia, Maria Júlia e Dona Zefinha, que também são fundadoras do local. Hoje trabalham na agroindústria 18 mulheres e apenas 3 homens. No assentamento, planta-se macaxeira, inhame abóbora e milho. Além disso, há também uma criação de bodes para corte.
"Essa viagem despertou minha vontade de voltar a viajar o país. Especialmente nesse momento que estamos sendo vítimas de um golpe", disse. "Eu senti que eu tinha um vazio na minha vida. O vazio era a ausência de contato com o povo trabalhador desse país", afirmou Lula.
O ódio que alguns setores da sociedade estão manifestando contra a esquerda, avaliou Lula, "não é contra Chavez, Maduro, Fidel, é contra qualquer pessoa que pense que o trabalhador deve ter alguma participação na democracia". Segundo ele, é preciso que as elites aceitem a participação das classes populares: "Democracia pra eles é só quando eles participam sozinhos. Quando outro quer participar junto, eles não aceitam".
O Assentamento Normandia existe há 23 anos. Em 1993, 179 famílias ocuparam a fazenda na zona rural de Caruaru, no Agreste Central de Pernambuco. Em 1997, Normandia foi reconhecido como assentamento. Na história, já foram dadas cinco ordens de despejo.
Atualmente são 41 famílias assentadas e 20 agregadas (dentro de um local que já conta com um assentado), totalizando uma população de mais de 300 pessoas.