Segundo o TCU, para cada contratação, o “Clube” definia a empresa que seria a vencedora na licitação; assim, a empresa ou consórcio escolhido apresentava proposta de preço à Petrobras e as outras davam cobertura, apresentando propostas de preços maiores (Foto: Petrobras/divulgação)
Um grupo de 16 empresas e três ex-dirigentes da Petrobras terão que prestar esclarecimentos ao Tribunal de Contas da União (TCU), em 15 dias, sobre indícios de irregularidades em licitações para a instalação da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. A atuação dos arranjos de preço feitos pelas empresas reduziu em aproximadamente 17% o valor do desconto que seria ofertado no caso de um cenário competitivo, o que resultou em um prejuízo de R$ 1,9 bilhão nos contratos analisados pelo TCU.
As empresas que participaram do cartel, de acordo com o Tribunal, foram as construtoras Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e Mendes Junior; Engevix Engenharia; Iesa Óleo e Gás; MPE Montagens e Projetos Especiais; Toyo Setal Empreendimentos; Skanska Brasil; Techint Engenharia e Construção; UTC Engenharia; GDK; Promon Engenharia e Galvão Engenharia. Se for confirmada a ocorrência de fraude à licitação, as empresas poderão ser declaradas inidôneas e não poderão participar de licitações do governo por até cinco anos.