Movimentos sociais e servidores realizaram uma série de manifestações em todo o estado de Pernambuco contra a reforma da Previdência e a extinção do Ministério da Previdência. Além de Petrolândia, outras 60 cidades integraram o protesto na manhã desta quinta-feira (16). O ato faz parte de uma convocatória nacional. O protesto é contra à reforma da Previdência Social, que, segundo os manifestantes, prejudicam homens e mulheres do campo.
A afirmação da quantidade de municípios é do presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape), Doriel Barros.
Em Petrolândia, os manifestantes estenderam cartazes em frente à Gerência Executiva do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), na Praça dos Três Poderes, no centro da cidade.
''É por todas as profissões que a gente está na rua hoje, que é dever nosso garantir que o trabalhador não se torne escravo. Garantir que os direitos dos trabalhadores, conquistados com tanto suor e sangue, não sejam roubados em meio de um governo corrupto, bandido e golpista, e que teve apoio, inclusive, de políticos de Petrolândia, que têm responsabilidade por cada golpe dado nos direitos dos trabalhadores, todos os dias desde que o covarde do Michel Temer assumiu o poder'', disse o professor Daniel Filho, um dos lideres da manifestação.
Em suas palavras, o vereador da vizinha cidade de Jatobá, Eraldo José de Souza, o Eraldo do PT, atualmente licenciado, também não poupou críticas ao governo Temer, acusado de golpista.
''Estamos aqui para denunciar o que está errado. Nós ganhamos a eleição na urna, onde mais de 54 milhões de brasileiros votaram em Dilma, e um bocado de picaretas no Congresso Nacional, que negociaram cargos, que são ladrões confirmados e que hoje são ministros desse governo ilegítimo e golpista do Michel Temer. Esse governo fechou os principais ministérios, do Desenvolvimento Agrário que desenvolve a agricultura familiar, e agora quer fazer mudanças profundas na Previdência Social, para atingir o trabalhador de uma maneira geral. A reforma política, que é necessário fazer, eles não têm coragem de fazer, mas sabem tirar o direito do trabalhador'', disse.
Ainda segundo Eraldo, uma das principais queixas que os sindicatos têm contra a reforma é a criação de um salário de referência para aposentadorias e benefícios pagos pelo INSS. Na prática, isso representaria a desvinculação do reajuste previdenciário ao salário mínimo. "Essa reforma apenas contribuirá na precarização da Previdência, que já está em segundo plano para o governo de Michel Temer. É o primeiro passo para desmontar e privatizar o serviço", afirmou.
Política agrária
O ato desta manhã também reinvidicava mudanças na política agrária nacional. O maior alvo das críticas é o decreto do presidente em exercício Michel Temer, que transferiu a administração das pastas responsáveis pelas políticas de reforma agrária, especialmente o Ministério do Desenvolvimento Agrário, para a Casa Civil.
A manifestação contou com as presenças do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Petrolândia (STR) e movimentos sociais e sindicais, como o Sintepe, MST, CUT e FETAPE.
Redação do Blog de Assis Ramalho
Fotos; Assis Ramalho