Senador afima que levantamento feito por economista professor da UFRJ revela o projeto de desmonte da saúde e da educação que Temer pretende promover em prejuízo, especialmente, das parcelas mais pobres da população (Foto: Divulgação)
A notícia de que o presidente interino Michel Temer (PMDB) planeja enviar, nos próximos dias, Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para limitar os gastos primários do governo à inflação do ano anterior já tem gerado repercussão negativa. Segundo o líder do governo Dilma no Senado, Humberto Costa (PT-PE), a medida anula a possibilidade de aumento real de investimentos para áreas fundamentais no país, como saúde e educação.
O senador destacou o levantamento realizado pelo economista e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), João Sicsú, que revela que, se a proposta defendida por Temer tivesse sido aplicada dos anos de 2006 a 2015, teriam sido cortados R$ 500 bilhões de recursos só nessas duas áreas vitais do sistema público.
De acordo com Humberto, o levantamento feito pelo economista Sicsú revela o projeto de desmonte da saúde e da educação que Temer pretende promover em prejuízo, especialmente, das parcelas mais pobres da população. “O ministro da Saúde fala em reduzir o SUS, cobrar por serviços que hoje são gratuitos e expandir planos de saúde. O da Educação já fala em privatizar cursos em universidades públicas e acabar com o Enem. O que o governo golpista quer é destruir todas as conquista da nossa sociedade dos últimos anos. Somente de 2006 a 2015, teríamos perdido meio trilhão de reais em investimentos por essa matemática que eles querem adotar. São bilhões a menos para a construção de hospitais, compra de remédios e equipamentos, bolsas de pesquisa, melhoria das escolas. É uma tentativa de, aos poucos, acabar com todas as políticas públicas”, afirmou.