Desde ontem (30), é debatida nas ruas e redes sociais, em Petrolândia, a morte de um bebê, durante parto realizado no Hospital Municipal. Entre manifestações de apoio e indignação, a divulgação do fato na mídia é cobrada pelos internautas, inclusive em nossa página na rede social Facebook, com mensagens de leitoras.
As gestantes foram as mais afetadas pela notícia. Em mensagens, elas se dizem apreensivas e inconformadas com a perda da vida da criança durante o parto normal e alegam que o fato seria decorrente de violência obstétrica. As grávidas pedem o direito de escolher o tipo de parto a que serão submetidas.
Em mensagem ao blog, aos sete meses de grávidez, Milly Souza define o sentimento compartilhado pelas gestantes. "Estou muito ansiosa, pois ele [o bebê] é muito desejado por mim e minha família, e já passei por um sofrimento quando eu ia ter a minha menina mais velha. O médico não me disse que eu tinha passagem e fui até outro médico. Ele me examinou e disse que não tinha passagem para [parto] normal e eu estava correndo risco de vida, junto com a minha filha. Não quero passar por isso novamente, quero ter o meu bebê em paz, sem me preocupar tanto. Quero o meu direito de escolher o meu parto, não esperar decisão do médico. Quero a presença do meu esposo junto comigo, ou minha mãe, porque temos nosso direito, mas o hospital não dá".
Procuramos a família que perdeu o bebê e nos colocamos à disposição. Eles não querem se pronunciar sobre o caso. "Vamos entregar a Deus", declarou o pai.
Nossa reportagem também entrou em contato com a direção do Hospital, que recusou pedido de entrevista, mas se prontificou a emitir nota sobre o ocorrido, possivelmente ainda nesta terça (31).
Redação do Blog de Assis Ramalho