Não acabou! A luta de um povo que trabalha e que produz desenvolvimento não finda com a tirania do Congresso Nacional, mas, muito pelo contrário, sai ainda mais fortalecida, porque não percebe legitimidade em decisões que não sejam respaldadas pelas urnas. Nós, que somos trabalhadores e trabalhadoras rurais, trazemos em nosso corpo e em nossa memória as marcas históricas da opressão dos grandes latifundiários, da classe patronal, de governos de direita.Porém, essas marcas, embora sejam dolorosas, também nos servem como fonte de resistência, de busca incansável pela liberdade. É por isso que, hoje, podemos dizer, de forma segura, destemida e com os “pés firmes” em nossos ideais: a nossa luta pela democracia é incansável, ininterrupta.
Dezessete de abril de 2016 ficará lembrado em nossa história como a data de mais um golpe contra a democracia. Um momento em que deputados federais esqueceram seu compromisso com a Nação para servirem tão-somente aos seus interesses pessoais, familiares e partidários, mas se utilizando da fala demagógica de que estavam representando “os interesses da sociedade”. Não, eles não nos representam.
O coro foi ensurdecedor: “homenageio a minha família, minha mãe, minha esposa, meus filhos, a memória do meu pai....” Como podem representantes do povo fazerem de um momento tão importante para a vida do Brasil, um verdadeiro espetáculo midiático. São essas pessoas que estão preocupadas com a crise, com o fechamento de empresas, com o desemprego?