Sobre visita ao MEC, Comissão informa que possibilidade de convalidar os certificados recebidos pelos alunos que cursaram as graduações irregulares foi descartada, mas estuda-se amenizar a situação com a realização de exames de proficiência em autarquias e universidades estaduais (Foto: Jarbas Araújo/Alepe)
Uma das mais antigas faculdades privadas de Pernambuco, a Escola Superior de Relações Públicas (Esurp), teve seu nome, logotipo e credibilidade utilizados para vender cursos de graduação ilegalmente no interior. A situação foi confirmada, nesta quarta (13), pela CPI das Faculdades Irregulares, instituída pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), que demonstrou que a prática vinha sendo adotada pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional Brasileiro (Ideb) em vários municípios do Estado.
Criada em 1967, a Esurp foi proibida de realizar novos vestibulares pelo Ministério da Educação (MEC) em 2012. Desde então, a instituição se concentrou apenas na conclusão dos cursos já iniciados, conforme explicou o sócio-fundador e mantenedor da Esurp, Plínio Ribeiro. “Estávamos para ser despejados e todo nosso acervo iria para um depósito: livros, registros escolares, históricos dos alunos, cópias de diplomas. Seria jogada fora toda a nossa história”, contou.
Em outubro, os sócios conheceram Daniel Carauna, presidente do Ideb, com quem selaram uma parceria na qual a Esurp cedia ao novo diretor o direito de ministrar as graduações em Relações Públicas e Secretariado. “Nunca recebemos nem um centavo por isso”, garantiu Ribeiro. “Mas, em poucos dias, tomamos conhecimento de que outros cursos estavam sendo vendidos no Interior da Bahia, com a faculdade como chanceladora. Temos um patrimônio moral, não sabia que o Ideb ia utilizar nosso nome dessa maneira.”