Morreu nesta quinta-feira Johan Cruyff, craque holandês da Copa de 1974, aos 68 anos. Ídolo do Ajax, de Amsterdã, e do Barcelona, onde atuou como jogador, treinador e dirigente, o símbolo do Carrossel Holandês, seleção que revolucionou a tática do futebol e foi vice-campeã do mundo em 1974, travava uma batalha contra o câncer.
A morte do jogador foi confirmada num comunicado em seu site oficial: "Em 24 de março de 2016, Johan Cruyff (68) morreu pacificamente em Barcelona, cercado por sua família, depois de uma dura batalha travada contra o câncer" , diz o texto, que prossegue: "É com grande tristeza que pedimos-lhes para respeitar a privacidade da família durante o seu tempo de luto".
Cruyff foi um dos maiores jogadores de todos os tempos. Atacante habilidoso e com imensa visão de jogo e consciência tática, era um digno representante do futebol-arte. Conquistou a Bola de Ouro, prêmio ao melhor do mundo, em três ocasiões. Era o principal nome da seleção holandesa de 1974, apelidada também de Laranja Mecânica e comandada pelo técnico Rinus Mitchell. Aquela equipe foi revolucionária porque mostrou um padrão tático inédito até então, com o conceito do "futebol total". Os jogadores trocavam de posição no campo, sem que tivessem posicionamento fixo, como num carrossel (daí um dos apelidos).
A seleção da Holanda derrotou o Brasil, então campeão do mundo, na semifinal da Copa da Alemanha, mas na decisão perdeu para a equipe da casa por 2 a 1. Para muitos aquela foi uma das maiores injustiças do futebol em todos os tempos.