Na semana do Dia Mundial de Combate à Tuberculose (24/3), Saúde com Ciência destaca grupos mais vulneráveis e formas de diagnóstico. Episódios diários são apresentados de segunda a sexta, em intervalos da programação, na Web Rádio Petrolândia
Em 24 de março de 1882, o Bacilo de Koch, agente causador da tuberculose, foi descrito pela primeira vez pelo médico alemão Robert Koch. De lá pra cá, a doença se tornou problema de saúde pública no Brasil, mas seus números vêm diminuindo… Nos últimos 17 anos, as taxas de incidência caíram 38,7% e as de mortalidade 33,6%. Se as ocorrências atuais estão estáveis, ainda são notificados, em média, mais de 70 mil infecções e 4 mil óbitos, segundo dados do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT).
Como a doença pode ser transmitida pelo ar, ninguém está imune. Além dos fatores ligados ao sistema imunológico de cada indivíduo, o contágio da infecção pode ser facilitado pela pobreza e más condições de saúde, o que aumenta as possibilidades de determinados grupos. “Na população indígena, o risco de ter a doença é três vezes maior, no caso das pessoas privadas de liberdade e de quem tem o vírus HIV/Aids, é 28 vezes maior. E em relação aos moradores de rua é ainda mais impressionante: 32 vezes maior”, detalha o médico infectologista e professor da Faculdade de Medicina da UFMG, Dirceu Greco.