Foto: Sumaia Villela/Correspondente da Agência Brasil
Haja rua para tanta gente em Recife! Como eternizou o hino do maior bloco do mundo, título dado pelo Guinness Book: “o carnaval começa/ no Galo da Madrugada”. Uma multidão que já chegou a mais de 2 milhões de pessoas em anos anteriores acompanha o trajeto feito por pelo menos seis bairros da capital pernambucana.
Com a camisa do bloco ou com fantasias, os foliões pulam junto, já que a folia é de graça. O frevo é o ritmo predominante, como em todo o carnaval pernambucano, mas há lugar para marchinhas de carnaval do Rio de Janeiro, o afoxé da Bahia e a música contemporânea do próprio Pernambuco.
E não só de ritmos é feita a variedade do Galo. Os fieis do bloco vem de todos os lugares do Brasil. O grupo da professora Karina Naro, 31 anos, é de Campina Grande, Paraíba. “Há quatro anos que a gente sempre vem. A gente se encantou com a energia, a animação. Depois de conhecer esse carnaval não é preciso ir a nenhum outro. É um carnaval popular, com gente fantasiada, com gente que não precisa de dinheiro para se divertir. Um carnaval extremamente democrático.”
Entre os pernambucanos também existem fieis ao bloco. Há exatos 20 anos o grupo dos Super Pernambucanos comparecem fantasiados com capas estampadas com a bandeira de Pernambuco. O professor Marcos Barros, 41 anos, explica o amor pelo bloco: “todo ano compartilhamos essa identidade que é única no mundo, só tem aqui. O Galo da Madrugada não tem definição, faz parte do sangue da gente. As festas da nossa região estão na nossa ideologia, no nosso dia a dia, e o Galo da Madrugada coroa a apoteose da diversão, da alegria, do amor”.