Atualizado as 19;17
Mais de cem detentos foragidos, 40 recapturados e dois detentos mortos. Estes são os números da fuga em massa do Complexo do Curado repassados pelo presidente do sindicato dos agentes penitenciários, João Carvalho. "O serviço de inteligência já havia conseguido debelar três tentativas de fuga anteriormente, mas deste vez não foi possível. Precisamos de mais investimentos em segurança nas penitenciárias", cobrou Carvalho, em entrevista o Diario.
De acordo com João Carvalho, um documento oficial indica que o diretor do presídio alertou a Secretaria de Defesa Social e a Secretaria de Ressocialização, no dia 6 de janeiro, que a guarita 6 iria ser explodida. Das oito, só quatro tinham guardas. No momento da fuga, apenas dez agentes faziam a segurança de mais de 2 mil detentos. Ao todo, o Complexo do Curado conta com 7 mil detentos. A capacidade, no entanto, é de 1,340 vagas. No estado, são 32 mil presos, e o déficit é de 21 mil vagas
Um dos detentos morreu no Hospital Otávio de Freitas. O outro foi morto pela Polícia Militar ao entrar dentro de uma casa nas redondezas do presídio e fazer uma mulher refém. Nem a Polícia Militar, nem a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) confirmam as informações do sindicato.