Infestação dos imóveis de Pesqueira pelo Aedes aegytpti é considerada alta
Pesqueira, no Agreste do Estado, – onde morava a índia xucuru Danielle Marques de Santana, que morreu quarta-feira (6/01) no Hospital da Restauração com suspeita de infecção viral ou bacteriana e até síndrome de Guillain-Barré –, vive desde novembro situação de guerra, como classificam médicos, por causa de surtos já confirmados de dengue e chicungunha. No Hospital Municipal Doutor Lídio Paraíba, cresceu quase cinco vezes mais. Segundo a secretária municipal de Saúde, Elizabeth Souza, até ontem eram 2.143 casos suspeitos de dengue, 1.000 de chicungunha e 118 de zika vírus num território de 65,7 mil habitantes, a 215 quilômetros do Recife.
“Vários fatores favorecerem o cenário. Temos clima quente e estiagem, o Aedes aegypti passou a transmitir novas doenças e por três meses, de agosto a outubro, foi interrompido pelo SUS o repasse de larvicida ao município. Fomos pegos de surpresa, sem preparo para enfrentar uma situação dessa”, argumenta Elizabeth Souza. De acordo com ela, o adoecimento generalizado atingiu inclusive trabalhadores da saúde e alguns médicos romperam contrato com a prefeitura por causa da sobrecarga nos plantões. “Fomos atrás de outros e agora todas as escalas estão completas”, assegura.