A Comissão vai solicitar cópia de documentos que comprovem a regularidade das instituições. (Foto: Giovanni Costa)
A CPI das faculdades irregulares recebeu, na quarta-feira passada (21), duas pessoas envolvidas com os cursos investigados, que se apresentaram voluntariamente perante a Comissão. Na avaliação dos parlamentares, as falas foram caracterizadas por omissões e contradições, mas ajudaram a encaminhar as investigações. Na reunião presidida por Rodrigo Novaes (PSD), os deputados Odacy Amorim (PT), Teresa Leitão (PT), Silvio Costa Filho (PTB, Joaquim Lira (PSD), Ângelo Ferreira (PSB) e Miguel Coelho (PSB) fizeram questionamentos a esses representantes. Também estiveram presentes na reunião os deputados Aluíso Lessa (PSB) e Ricardo Costa (PMDB).
A primeira a falar, Maria Cristina Bezerra, se apresentou como professora da Faculdade de Desenvolvimento e Integração Regional (FADIRE) e vice-presidente da Associação de Alunos e Professores de Cursos de Extensão do Nordeste. Ela defendeu os cursos de extensão como “maneiras de dar chances de estudar a quem não teve recursos para se deslocar para locais onde existem cursos universitários”.
Alertada pelo presidente da Comissão, de que a CPI investiga a existência de cursos de extensão universitária sendo falsamente apresentados como cursos de graduação, ela declarou “desconhecer qualquer caso de irregularidade que tenha sido apresentado à Associação”. Ao ser perguntada sobre a própria Associação, Maria Cristina Bezerra declarou que a organização tem dois mil associados, sem precisar quantos deles seriam alunos ou professores. “A Associação foi criada há apenas um mês, e não houve tempo de providenciar um CNPJ”, declarou a professora, que se comprometeu a enviar informações solicitadas após pedido formal da CPI.