Criminosos usavam cartão de crédito falso para esconder celular; pontos eletrônicos e celulares também foram apreendidos durante operação (Foto: Divulgação/Ascom PF)
O superintendente da Polícia Federal em Alagoas, Bernardo Torres, detalhou em entrevista exclusiva à TV Gazeta como agiam ossuspeitos de fraudar concursos públicos presos na Operação Afronta, realizada na manhã desta quarta-feira (21) em Alagoas, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Rondônia (assista no vídeo acima).
De acordo com o delegado, os candidatos que prestavam o concurso pagavam uma quantia que era 10 vezes o valor do salário inicial do cargo pretendido para que os criminosos conseguissem as respostas das questões para eles, algo em torno de R$ 70 a R$ 90 mil por cada candidato. O esquema já funcionava há 4 anos.
"Eles trabalhavam na própria residência, recrutavam candidatos interessados em fraudar os concursos públicos e cada candidato pagava pelo menos 10 vezes o salário inicial para eles", explica o susperintendente da PF no estado.
Em Alagoas, estado onde residiam os principais líderes do grupo criminoso, segundo a PF, foram cumpridos mandados nas cidades de Palmeira dos Índios e Maceió, onde cinco pessoas foram presas, entre elas um policial civil. Outras cinco foram presas nos outros estados.
As investigações apontam que a fraude foi detectada em uma prova do concurso público do Tribunal Regional Federal, aplicada em Sorocaba, no interior paulista, em 2014. Nenhum suspeito teve a identidade divulgada.
Como funcionava o esquema