A imigração seria um atalho para acelerar o crescimento, porque a educação demora muito tempo, justifica pesquisador da FGV. Do ponto de vista empresarial, a atividade é historicamente maior quando envolve imigrantes porque, em geral, eles são empreendedores.
Pesquisa do Centro de Políticas Sociais (CPS), da Fundação Getulio Vargas, indica uma abertura do Brasil para profissionais estrangeiros qualificados, informou ontem (18) o coordenador da unidade, Marcelo Neri, ex-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.
A sugestão aproveita o tema mundial, que é a imigração para a Europa, destacou Neri. Segundo ele, o Brasil fez uma abertura na balança comercial, mas falta uma na conta de pessoas. “Trazer gente de fora”. A pesquisa do CPS-FGV revela que o Brasil é um dos países mais fechados para pessoas do mundo, com apenas 0,3% da população de imigrantes de primeira geração, contra 3% no mundo e 15% nos Estados Unidos.
A América Latina, que, conforme Marcelo Neri, é o continente mais fechado do mundo, tem 1,3% de imigrantes na população. “O Brasil é menos de um quarto da América Latina. Nos anos 1900, o Brasil chegou a ter 7,3% da população de imigrantes de primeira geração. Isso se reflete em nossa baixa produtividade e baixo crescimento."