
Na entrevista ao Jornal Nacional, a criminalista, que defendeu nove investigados pela Operação Lava Jato, disse que abandonou os processos por se sentir ameaçada e intimidada por integrantes da CPI da Petrobras.
A Justiça Federal indeferiu o pedido da Câmara dos Deputados para que advogada Beatriz Lessa da Fonseca Catta Preta explicasse declarações feitas em entrevistas ao Jornal Nacional, da Rede Globo, e ao jornal O Estado de São Paulo, quando afirmou que foi intimidada e ameaçada por integrantes da CPI da Petrobras.
De acordo com o juiz José Tarcísio Januário, da 2ª Vara Federal de Barueri, em São Paulo, a Câmara dos Deputados "não tem legitimidade para, em nome próprio, vindicar direito alheio, pelo que, eventuais deputados, incluindo o presidente da CPI da Petrobras e o próprio presidente da Câmara, caso o queiram, devem deduzir pedido em nome próprio”.
O juiz diz ainda que das declarações proferidas pela advogada não se extrai qualquer imputação de calúnia ou difamação contra o órgão legislativo. “Eventual ofensa seria, se o caso, à honra de um número certo de deputados, integrantes da CPI da Petrobras ou do presidente da Câmara”, diz a decisão proferida pelo juiz.