Aula inaugural do Proex-Funeso/Unesf em Petrolândia, em 2013
Reunião de consultoria de grupo educacional com ex-alunos Proex-Funeso/Faexpe, em 2015
Na quinta-feira passada (06), no pátio da Escola Municipal 1º de Julho, em Petrolândia, os estudantes que assinaram contratos com a Funeso/Unesf/Faexpe e Grupo Educacional/Paranapanema, no período de 2013 a início de 2015, receberam a visita de uma nova faculdade, interessada em recebê-los em transferência. A nova entidade veio acompanhada da consultoria que se apresentara, uma semana antes, em reunião com os mesmos alunos no auditório da Câmara Municipal.
A reunião com a nova proponente foi tensa, com desabafos de alunos e finalizada com a promessa de uma duradoura relação acadêmica, até que os estudantes sejam, enfim, diplomados. Não escutei ninguém perguntar abertamente se os diplomas seriam de conclusão da extensão universitária, sem valor acadêmico, ou de graduação em bacharelado ou licenciatura. Confesso que também não ouvi a afirmação clara e objetiva, por parte do representante da nova faculdade, de que o serviço adicional de graduação será incluído no pacote da extensão. Mas, enfim, posso ter me distraído e nem é esse o foco principal desta postagem.
Na ânsia em alcançar uma tábua para salvar a esperança de conquistar uma graduação com esforço relativamente reduzido, muitos estudantes parecem não ter percebido alguns fatos. Um deles é a tentativa da consultoria de afastar a nova gestão dos cursos em Petrolândia das empresas anteriores e de seu gestor. Apesar da estreita comunicação com os prepostos da Paranapanema em Petrolândia e Serra Talhada, com autoridade evidente, a consultoria nega veementemente todo e qualquer relacionamento que ligue a nova administração à anterior.
Porém, um detalhe chamou mais atenção para evidenciar a sucessão: o fato de a consultoria ter poderes para demitir funcionários ou portar a demissão dos funcionários da empresa anterior. Junto com a demissão dos representantes na região, o escritório, que teve o nome da empresa substituído mais de uma vez, foi fechado. Assim, foi cortado o cordão umbilical dos estudantes com as empresas anteriores e lacrado o canal de comunicação com elas.
Em Petrolândia, Magda, secretária do então Grupo Educacional/Paranapanema, foi demitida em reunião realizada minutos antes do encontro com os alunos. Muita gente comemorou a demissão da secretária, única representante do mal sucedido na cidade, ao alcance dos olhos e das palavras dos revoltados estudantes.
Procuramos a ex-secretária para dar-lhe também a oportunidade de manifestar-se sobre o caso. Diante da ética exigida para o seu cargo e de possíveis polêmicas, Magda evita dar nomes e apontar o dedo para alguém. Ela também fala do sonho de ajudar a trazer oportunidades de educação para Petrolândia e lembra que, no seu papel de secretária, sempre se empenhou para resolver todos os problemas dos alunos e fazer as divulgações de tudo e que agiu de boa fé.
"Não quero machucar nem acusar ninguém. Mas gostaria que a comunidade soubesse do meu sonho e do bem que vi em Petrolândia ter uma faculdade. Mesmo fora da empresa, vou em busca de ajudá-los (os alunos) com a documentação, fazendo o possível para facilitar os que estão sem saber como dar o passo para resolver. Muitas vezes eu busquei soluções e divulgação entre os alunos, e nunca tive intenção de prejudicar nenhum deles."
Sobre o fechamento do escritório e sua demissão, Magda também foi direta.
"Fechou (o escritório). Foi assim: o responsável, meu chefe, nem me falou nada (sobre a demissão). Eu tive a notícia (da demissão) lá (antes da reunião com os alunos). A empresa nova nao quer nada nem ninguém que tenha feito parte do outro grupo."
"Arrasada. Doente. Enganada. Ofendida. Acusada". Com essas cinco palavras, Magda descreveu como se sentia após todo os fatos ocorridos e com elas encerramos este assunto. Por enquanto.
Redação do Blog de Assis Ramalho