A reportagem é de Lígia Formenti, publicada pelo O Estado de S. Paulo, 02-08-2015.
“A maior parte das doenças não mata, mas afeta de forma significativa a produtividade. Países já entenderam que a criança não tratada vai faltar à escola, tem mais riscos de anemia, seu rendimento escolar será prejudicado e, em consequência, será um adulto com formação pior”, diz Márcia de Souza Lima, uma das autoras do relatório da OMS.
A professora Nádia dos Santos, da Escola Municipal Araceles Correa, em São Cristóvão, na região metropolitana de Aracaju, confirma as observações. Não raro, diz, alunos desmaiam nas aulas. “Uns dizem que é virose, outros, falta de café da manhã. Não sabemos de fato o que acontece.” Uma coisa, porém, é comum: além dos desmaios, estudantes se queixam de dores de barriga e enjoos, sintomas frequentes de esquistossomose e outras verminoses.