Se as pessoas só se importarem com leões quando um dentista rico matar um deles para pendurá-lo na parede, a morte de Cecil terá sido em vão, afirma Sonya Angelica Diehn, a chefe da redação de meio ambiente da DW em artigo no portal Deustche Welle, 30-07-2015.
Eis o artigo.
O leão Cecil está morto. Quando ouvi a notícia, nesta terça-feira (28/07), pensei: outro animal belo e raro, morto sem razão.
Primeiro saíram algumas notícias sobre o tema. De repente, as comportas se abriram. O assunto foi se tornando viral: primeiro no Twitter e no Facebook, depois em outras mídias. A história estava em todos os lugares – e todo mundo parecia ter uma opinião sobre ela.
Então, pensei: ué, de repente todo mundo se interessa por leões? Na semana passada, a notícia de que dez leões morreram durante as enchentes na Índia não virou manchete. Considerando que restam apenas 500 leões asiáticos no mundo, isso é algo importante.
Mas a história de Cecil, claro, é muito mais palatável que um caso climático abstrato e mortal que pode ou não ter a ver com as mudanças climáticas.