Fotos: André Santana/Ascom CBHSF
Cerca de 60 representantes de povos tradicionais, entre quilombolas e comunidades de fundo de pasto, facho de pasto e vazanteiros, participaram nesta segunda-feira, 06/04, da oficina setorial do processo de atualização do Plano de Bacia do rio São Francisco. O encontro aconteceu na cidade de Bom Jesus da Lapa e foi organizado pela Câmara Consultiva Regional do Médio São Francisco, instância do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, e pela Nemus Consultoria, responsável pela atualização do plano decenal que traçará metas e programas para a gestão do rio até 2025.
“Esse talvez seja o segmento mais politizado em termos de preocupações com a preservação do rio, pois os povos e comunidades tradicionais possuem uma relação intrínseca com o meio ambiente, formada pela necessidade de sobrevivência e pelo convívio com a natureza”, destacou Samuel Britto, mobilizador da Articulação Popular do São Francisco, que ressaltou a dificuldade de muitas comunidades terem acesso a informações sobre seus direitos e sobre os marcos legais mais recentes.
Divididos em grupos, os participantes discutiram e elencaram problemas, soluções e desafios para a bacia. A inclusão nos currículos escolares da educação ambiental, de forma transversal e contextualizada, foi uma das propostas do grupo do qual fez parte João Conceição dos Santos, de Sítio do Mato, secretário do Conselho Estadual de Povos Quilombolas. “É preciso a conscientização de todos para a situação crítica do rio”, disse.