Como assevera Francisco Campelo, secretário nacional de combate à desertificação, não é lícito pensar que se chega no Alasca, ou na Groenlândia ou local equivalente e se pense em combater a neve. Assim como a seca não pode ser combatida. Se deve buscar uma integração com o bioma como forma de atenuar os eventos climáticos. Não existem receitas, mas narrar algumas experiências pode ser didático e inspirador.
O substrato forrageiro que pode ser empregado, exige ainda maior luminosidade e por isso a extração madeireira que pode se incorporar na matriz energética como biomassa, nem sempre pode ser vista como predatória ou não preservacionista. A recuperação de água em cisternas para utilização em períodos de baixa pluviosidade é outra técnica milenar que pode ser utilizada. É muito comum e bem-aceita pelo gado e assemelhados o uso extensivo de uma planta chamada “palma” e que une características cactáceas de retenção de água com saborosidade de forrageiras comuns.
Construir escadarias em arcos nos cursos de água, de pedras que são fechadas naturalmente e permitem reter água que devido a elevação da pressão pode ser armazenada em aquíferos freáticos subterrâneos e outra ação que exige baixos investimentos e pode trazer resultados muito satisfatórios. Estes procedimentos podem ser muito ampliados com projeções de pequenos barramentos ou poços horizontais para facilitar armazenamento subterrâneo, onde as taxas de evapotranspiração da água são muito menores.