Os jovens costumam misturar energéticos com vodca, que é uma bebida mais barata. Isso é um agravante, porque o destilado tem um percentual de álcool muito mais alto que a cerveja, por exemplo.
Segundo ele, os energéticos são ricos em cafeína e taurina, que são “potentes estimulantes – assim como o álcool -, e podem induzir ao aumento da pressão arterial, à arritmia”. Uma doença cardíaca pré-existente pode ser agravada, e se o usuário tem uma doença incipiente, ainda não manifestada, ela pode ser potencializada por causa do uso dessas substâncias, disse Mourilhe.
O cardiologista explicou à Agência Brasil que se o consumidor tem pressão arterial já elevada e toma estimulante misturado com álcool, a pressão sobe mais ainda, e isso pode levar a um acidente vascular cerebral (AVC).
Pessoas de qualquer idade estão sujeitas a esses perigos, mas Mourilhe explicou que, nos jovens, o risco da combinação álcool e energético é maior porque “o jovem, em geral, faz uso dessas substâncias em quantidade muito maior. Se ele tem, por exemplo, a doença não diagnosticada, não conhecida, o risco dele acaba sendo maior por esse motivo. Normalmente, a pessoa mais velha tende a se cuidar mais e se policia”. O jovem, ao contrário, mesmo que tenha algum problema, costuma relaxar mais e ignorar os perigos, apontou.