Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
“Os presos foram usados como massa de manobra. Não tenho a menor dúvida. Falta identificarmos a origem disso”, declarou o juiz Luiz Rocha, da 1ª Vara de Execuções Penais, no Recife.
O juiz disse achar estranho que os protestos contra sua atuação no comando da 1ª Vara tenham ultrapassado os muros do Complexo do Curado – que está sob sua jurisdição – e chegado à Penitenciária Barreto Campelo, na Ilha de Itamaracá – sob a responsabilidade da 2ª Vara. Para o magistrado, isso é um sinal de que faltaram aos presos informações e conhecimento sobre o sistema jurídico. A prova, aponta o juiz, é que muitos detentos que aderiram aos violentos protestos ainda não foram julgados. Seus processos, portanto, tramitam em outras varas, de outras comarcas. Além disso, segundo o magistrado, apenas cerca de 200 dos mais de 6 mil presos do Curado tinham pedido a progressão do regime ou o livramento condicional.