Para viabilizar o novo momento do projeto “Águas para a Vida”, o fotógrafo Joka Madruga aderiu ao Crowdfunding, uma ‘vaquinha virtual’ onde as pessoas auxiliam financeiramente a realização de um projeto e recebem em troca uma recompensa (http://www.kickante.com.br/aguasparavida).
Famílias que moram em palafitas, em área que será alagada pela usina de Belo Monte. Foto: Joka Madruga/Terra Livre Press
Joka Madruga, repórter fotográfico paranaense, está se organizando para desbravar os rios Tapajós, Xingu e Madeira com o intuito de fotografar o antes, o durante e o depois da construção de barragens das usinas hidrelétricas de Jirau, Santo Antônio, Complexo Tapajós e Belo Monte. O registro fotográfico atende pelo título de “Águas para a Vida” e pretende trazer à tona os impactos sociais que as obras acarretarão no cotidiano das pessoas atingidas e também ambientais na natureza ao redor destes locais. A distribuição das fotografias será gratuita para Sites de Notícias, ONGs, Sindicatos, Associações e Blogs.
O projeto “Águas para a Vida” teve início em 2013 quando Joka Madruga, a convite do Movimento dos Atingidos por Barragens, registrou a população atingida por barragens em Altamira e Itaituba, no Pará. Uma das imagens foi escolhida para ser exposta no prédio das Organizações das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque.
“Ao documentar todo o processo que uma usina hidrelétrica causa no meio ambiente, pretendo mostrar quem são os maiores atingidos. Vale ressaltar que o Projeto não é contra o progresso e o desenvolvimento, mas é um meio de expressar a realidade vivida pela população afetada, além de ser também um mecanismo de conscientização sobre o consumo da energia elétrica”, ressalta Joka Madruga.