Inocêncio Oliveira em entrevista a Assis Ramalho (Foto/arquivo)
Com 10 mandatos federais, ao longo dos quais assumiu todos os cargos da mesa-diretora da Câmara dos Deputados, entre os quais a Presidência, o deputado Inocêncio Oliveira foi vítima de uma brutal injustiça no curso da campanha presidencial de segundo turno.
Sem um comunicado prévio da direção do PR, o velho cacique foi abruptamente afastado do comando do partido no Estado, que promoveu uma intervenção desnecessária, sob o pretexto de que o dirigente estadual teria declarado apoio à candidatura de Aécio Neves.
Tanto no primeiro turno quanto no segundo, os republicanos subiram no palanque de Dilma, até porque ocupam cargos no seu Governo. Inocêncio, que já havia votado em Marina no primeiro turno, posição negociada com a própria direção nacional, tinha que seguir ao lado dos seus aliados no Estado, optando por Aécio.
O pretexto de uma “dissidência” aberta pelo deputado também se traduz numa falácia. Afinal, o interventor Anderson Ferreira votou no primeiro turno em Marina e, como Inocêncio, optou por Aécio no segundo turno, conforme declarou numa entrevista.