Foto: IF Sertão Pernambuco
Segundo o orientador do projeto, professor Geraldo Júnior, a iniciativa permite que comunidades carentes tenham mais uma fonte de renda e tem adesão de boa parte da população de Salgueiro.
A fábrica de pastel local doa a maior parte do óleo, e o sabão produzido é enviado gratuitamente a casas de idosos, creches e abrigos. Em média, o instituto produz 120 barras de sabão por semana. Além disso, a instituição ensina moradores de comunidades carentes a produzir o sabão em barra.
“Adotamos uma fórmula simples, que leva somente o óleo reciclado, hidróxido de sódio – que é a soda cáustica – e um pouco de essência",disse Geraldo Júnior. O professor estima que, com essa receita, as pessoas conseguem fazer uma barra de sabão em aproximadamente 40 minutos.
Para ele, além do papel social, a experiência testada em Salgueiro evita a poluição e traz ganho ambiental considerável onde é aplicada. “O óleo [de cozinha] é extremamente poluente", disse o professor. Segundo ele, um litro de óleo contamina 1 milhão de litros de água, mas, "na transformação química para o sabão, torna-se um sal. Esse sal, quando diluído em água, é absorvido pela natureza. Ele se torna biodegradável”.