A Polícia Federal em Pernambuco prendeu na quarta-feira (3) uma mulher acusada de forjar o próprio sequestro em um assalto à agência dos Correios do município de Frei Miguelinho, Agreste do Estado. Adryelly Nataly Nascimento de Albuquerque, 26 anos, era gerente da agência na época do crime. Dois dos três assaltantes que participaram do sequestro, Antonio José da Silva e Jucimário José dos Santos, também foram presos.
O crime ocorreu no dia 23 de janeiro deste ano, antes da abertura da agência, quando três homens sequestraram Adryelly em uma caminhonete e a levaram para o local do crime. A gerente teria sido forçada a desligar as câmeras de segurança e abrir o cofre do local, subtraindo uma quantia não divulgada. Após o assalto, os bandidos fugiram, deixando a funcionária amordaçada e com os olhos vendados no interior da agência.
As investigações levaram a Polícia Federal a encontrar o dono da caminhonete, Antônio José da Silva. Após a desarticulação da quadrilha, os outros dois envolvidos foram identificados. Em depoimento, os presos informaram que o crime foi orquestrado e planejado por Adryelly, que foi presa logo em seguida.
Adryelly confessou envolvimento no crime e informou que, desde 2013, roubava a agência de Frei Miguelinho, de onde já havia subtraido um montante de R$ 22 mil em 6 meses. Ao ser informada de uma auditoria no estabelecimento, a gerente se desesperou com a possibilidade de ser descoberta e forjou o próprio sequestro para despistar. Segundo Adryelly, o dinheiro do roubo foi dividido entre os três assaltantes. Após o incidente, a gerente foi transferida para a unidade dos correios de Riacho das Almas, Agreste de Pernambuco, de onde também roubou cerca de R$ 5 mil. Os valores roubados foram gastos em viagens, hotéis, bebidas e casas noturnas.
Um quarto envolvido no assalto à agência de Frei Miguelinho, Jailson Cândido da Silva, está foragido. A PF pede para quem tiver informações que levem ao paradeiro de Jailson liguem para o disk denúncia. Os demais envolvidos foram encaminhados para a Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru, e para a Penintenciária Feminida no Recife. Se condenados, os acusados podem pegar penas de até 8 anos de prisão.
Jornal do Commercio