Segundo os autores, "é necessário pensar ações para fortalecer as experiências de trabalho coletivo do setor da economia social e solidária e da comunicação comunitária".
Eis o artigo.
Todo processo social e político implica uma dimensão comunicacional. Nesse sentido, o desenvolvimento que a economia social e solidária vem realizando, há décadas, requer especial atenção acerca de vínculos, interações, intercâmbios e promoção das diferentes ações do setor. Tais processos costumam ser relegados diante das urgências que os diferentes atores enfrentam e que tornam mais difícil o trabalho associado, coletivo, cooperativo, que é um fator chave para o seu desenvolvimento. Por isso, é fundamental examinar o setor da economia social e solidária à luz dos processos comunicacionais.
Hoje, as sociedades e as relações sociais são pensadas em rede. E como em toda rede, o trabalho das organizações no âmbito da economia social e solidária e a comunicação comunitária é um processo dinâmico de interações, que as organizações atravessam (e pelas quais são atravessadas) constantemente. Um processo complexo de configuração entre a unidade e a diversidade, a estabilidade e a mudança, a autonomia e a amarração, a individuação e o sistema, que requer também o propósito de fazê-lo de forma “produtiva”, para o bem do coletivo e de cada um dos atores. Esta articulação é fundamental para a construção e fortalecimento do campo da economia social e solidária e a comunicação comunitária, e de sua proposta justa, solidária e integradora.