Colhidas em uma reunião com a presença do candidato, contribuições integrarão programa de governo (Fotos: Wagner Ramos)
Representantes das populações indígena, negra e cigana de Pernambuco se reuniram, na noite dessa quinta-feira (31), com o candidato da Frente Popular ao Governo do Estado, Paulo Câmara (PSB), para entregar contribuições ao seu programa de governo. Mais de 400 pessoas ligadas ao movimento negro, comunidades tradicionais e organizações de luta pelos direitos humanos participaram de uma produtiva discussão com o socialista sobre questões de raça e etnia. "Estar com um grupo tãorepresentativo como o que se encontra aqui hoje é parte da política como nós a entendemos, do diálogo, do olho no olho. Isso é algo que vai se repetir durante todas as fases da nossa gestão. Essa é a forma de agir que foi impressa pelo Governo Eduardo Campos e que vem sendo continuada pelo governador João Lyra Neto (PSB). A marca de uma gestão democrática. Assumo com vocês o compromisso de criar grande pacto pela cidadania. Eu não tenho dúvida que nossa política de promoção da igualdade étnico-racial será a melhor já feita no Brasil", garantiu o socialista.
Paulo classificou as contribuições como muito ricas e se comprometeu a concretizar as demandas. "Elas aumentam a minha responsabilidade como candidato e não podem ficar apenas no discurso. Estou ciente de que avançamos nos últimos sete anos e meio, mas que é preciso avançar ainda mais. Criamos uma Secretaria da Mulher, que é um exemplo de que nossa forma de administrar - ouvindo as demandas, planejando, implantando ações objetivas, com correções rápidas de rumos e cumprindo metas - pode ser aplicada em políticas de direitos humanos também", avaliou o candidato, assumindo o compromisso de que seu governo terá a participação de todos os movimentos sociais, com direito a voz e votos na formulação das políticas públicas.
Entre as principais propostas do documento apresentados pelo grupo ao candidato estão a criação de uma Secretaria Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Étnico Racial e de gerências ligadas ao tema, em pastas como Educação, Saúde, Desenvolvimento Econômico e Segurança, como forma de garantir ações práticas que atendam as chamadas minorias. "Entendo a criação de uma pasta específica como uma possibilidade extremamente viável. Está dentro da nossa proposta de empoderamento das políticas públicas. Deu muito certo na Secretaria da Mulher. A transversalidade dessas ações, dentro de outras pastas, também é uma forma de fazer com que os resultados das políticas cheguem lá na ponta para quem mais precisa", afirmou Paulo.