na última sexta-feira (13), para reunião da Agenda 40, realizada na Casa de Shows
, candidato ao Senado Federal nas eleições de outubro. A candidatura do petrolinense foi confirmada no último domingo (15), quando foi realizada em Recife a Convenção Estadual da
Frente Popular. A convenção partidária contou com as presenças de
oficializando a
candidatura de Paulo Câmara ao governo do Estado e de Fernando Bezerra
Coelho ao Senado.
Fernando Bezerra Coelho tem trajetória política ligada à região sertaneja. Foi prefeito de Petrolina, sua cidade natal, por três mandatos, deputado federal por dois mandatos e deputado estadual por um mandato. Bezerra possui também experiência administrativa, tendo acumulado entre 2007 e 2010 os cargos de secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco e presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape, no primeiro governo de Eduardo Campos. Atuou também como secretário de Agricultura e, entre 1985 e 1986, como secretário da Casa Civil de Pernambuco. Bezerra fez parte da equipe ministerial da presidenta Dilma Rousseff, como Ministro da Integração Nacional, sendo responsável pelo Projeto de Integração do Rio São Francisco, também chamado de Transposição do Rio São Francisco.
Na entrevista ao
Blog de Assis Ramalho, Fernando Bezerra Coelho faz avaliação da reunião da Agenda 40 realizada em Petrolândia, e fala de outros assuntos voltados às eleições deste ano.
Acompanhe abaixo a entrevista:
Assis Ramalho: Com qual impressão o senhor sai, após essa reunião da Frente Popular de Pernambuco realizada aqui em Petrolândia?
Fernando Bezerra Coelho: Olha, sem dúvidas foi um grande encontro que foi realizado hoje aqui em Petrolândia, sob a coordenação do prefeito Lourival Simões, assim como também de todos os prefeitos do Sertão de Itaparica. Hoje conseguimos reunir aqui mais de mil pessoas em uma reunião vibrante com muita participação, onde pudemos colocar as nossas propostas, as nossas ideias, pedindo a atenção para as questões ligadas a educação, a saúde, a infraestrutura, a irrigação, portanto eu estou saindo daqui muito animado. Não só pelos temas que foram debatidos, mas também pelo entusiasmo das lideranças políticas e das lideranças comunitárias, em manifestar o seu apoio à candidatura de Paulo Câmara, de Raul Henry, e também o apoio à nossa caminhada ao Senado da República. Portanto, foi um momento importante para a gente começar a construir a nossa grande vitória em outubro próximo.
Assis Ramalho: Agora, que o senhor viu a presença deste grande público que compareceu hoje aqui em Petrolândia, o senhor acha que a campanha da Agenda 40 entrou definitivamente no clima das eleições de outubro? E quais as principais propostas que vocês trouxeram para o povo do Sertão de Itaparica?
Fernando Bezerra Coelho: Olha, é evidente que nós estamos em campanha e é sempre bom a gente ver a presença de um grande público em nossos eventos, como foi o caso de hoje aqui em Petrolândia. Mas a gente também veio aqui para falar do que fizemos, daquilo que realizamos quando tivemos a oportunidade de ser governo e de exercer cargos públicos. Eu dizia há pouco, no meu discurso, que o Sertão só tem 17% da população do Estado, que é a região mais pobre do Estado, e que quando Eduardo Campos se elegeu governador, quem primeiro fez ele governador foi o voto do sertanejo, que elegeu ele já no primeiro turno. E quando ele chegou ao Palácio dos Campos das Princesas, ele honrou o voto do sertanejo. A primeira reunião do ''Todos por Pernambuco'' foi realizada aqui em Petrolândia, e a primeira medida que ele tomou foi rever os critérios de distribuição do ICMS. Ele tirou dinheiro do Recife, ele tirou dinheiro de Ipojuca e tirou dinheiro de Jaboatão. E o dinheiro que ele tirou de lá, ele distribuiu com os municípios de todo Pernambuco. E sabe qual o resultado desta história? O resultado desta história é que municípios pequenos como Carnaubeira da Penha, por exemplo, que é o menor município aqui do Sertão de Itaparica, hoje, tem uma cota de ICMS que é seis vezes maior do que em 2007. E um município médio, do porte de Petrolândia, é mais do que o dobro. Então, quando nós tivemos a oportunidade de governar esse Estado, a gente cuidou de primeiro, equilibrar o Estado para que a riqueza de Pernambuco pudesse chegar com mais força, sobretudo nas regiões mais pobres. Mas também nós cuidamos de outras coisas, porque se o Estado não crescesse, não havia o que dividir. Era preciso recuperar a auto-estíma dos pernambucanos. Pernambucanos que lamentavam de não serem comtemplados pelas políticas do governo federal, porque Pernambuco perdia as paradas para a Bahia e para o Ceará. E agora, há mais de sete anos que Pernambuco não perde uma parada. Ganhamos na refinaria, ganhamos um polo petroquímico, trouxemos uma indústria de navios, uma indústria de carros, ampliamos a indústria de alimentos, a indústria de bebidas, e o resultado de tudo isso, estava ontem no jornal. O PIB (Produto Interno Bruto) de Pernambuco neste primeiro trimestre ultrapassou a 5%, e o PIB do Brasil, menos de 2%. Há sete anos que Pernambuco cresce mais do que o Brasil, cresce mais do que o Nordeste, e isso significa emprego. São mais de 570 mil empregos que foram gerado no Estado,entre eles, 150 mil no interior. Então, é por isso que Pernambuco tem multiplicado a sua capacidade de investimento.
Assis Ramalho: Mas é preciso que essas indústrias também cheguem aqui para o nosso Sertão. Por que elas não chegam?
Fernando Bezerra Coelho: É verdade, as indústrias estão chegando, mas é preciso que cheguem com mais força no Interior. Elas já estão se espalhando pela Mata Norte, pela Mata Sul, já estão chegando no Agreste, e há de chegar com mais força no Sertão de Pernambuco.
Assis Ramalho: O senhor prometeu em discurso um campus da Universidade Federal para Petrolândia, verdade?
Fernando Bezerra Coelho: Verdade. Eu disse que eu quero ser Senador de Pernambuco para poder anunciar no próximo ano, com a ajuda do meu governador Paulo Câmara, e do meu presidente Eduardo Campos, que aqui em Petrolândia vai ter campus da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf).
Assis Ramalho: Mas as pesquisas, por enquanto, não favorecem nem Paulo Câmara, nem Eduardo Campos. Qual análise o senhor faz destas pesquisas?
Fernando Bezerra Coelho: Olha, eu posso afirmar que pesquisas nestas altura, elas não dizem muito, porque em todas essas pesquisas, elas informam que o percentual da população que já está ligada com o tema eleição é muito pequeno, em torno de 17%, 18%. Portanto, a população neste exato momento está muito mais preocupada com a Copa do Mundo e com as festas juninas, e só a partir de julho é que a população começa a se aproximar, e sobretudo depois do início do guia eleitoral no rádio e na televisão. Mas eu posse lhe afirmar que nós estamos confiantes, porque estamos construindo agora as nossas propostas, e também construindo os apoios políticos. Já são 21 partidos políticos, inclusive já conseguimos o apoio de 154 prefeitos dos 184 existentes em todo o Estado. Também já conseguimos o apoio de 40 deputados estaduais e 18 deputados federais. Portanto, nós estamos com um time organizado e pronto para entrar em campo a partir de julho, que é quando a campanha vai começar para valer.
Assis Ramalho: Nos últimos 20 anos o Brasil está sendo comandado por presidentes do PSDB e PT. Esses partidos ficaram pra trás? Agora é a vez do PSB de Eduardo Campos?
Fernando Bezerra Coelho: Eu não tenho nenhuma dúvida, e quem está acompanhando as pesquisas sabe que vem um novo Brasil por aí, e que a juventude está clamando por mudanças, e que o Brasil cansou da polarização entre PT e PSDB. O Brasil quer um novo líder e o líder deste novo Brasil é Eduardo Campos, que foi o melhor governador do Brasil por seis anos seguidos. É ele que vai levar o Brasil adiante. Portanto, no dia 5 de outubro nós vamos fazer barba, cabelo e bigode. Vamos eleger Eduardo Campos presidente do Brasil, Paulo Câmara e Raul Henry para governar Pernambuco, vamos eleger os nossos deputados estaduais e federais, e peço ao povo que não me esqueçam, porque eu quero muito ser o senador de todos os pernambucanos.
Assis Ramalho: Obrigado por atender a nossa reportagem, e boa sorte.
Fernando Bezerra Coelho: Obrigado.