Descoberto 30 metros abaixo da superfície, o P. sibericum não infecta animais ou seres humanos. No entanto, após introduzir-se em uma ameba, ele multiplica-se milhares de vezes e mata sua hospedeira em cerca de 12 horas.
Para o homem, o maior perigo revelado pelo renascimento do vírus gigante é a fragilidade do solo siberiano, cuja camada de gelo torna-se menor e mais exposta a cada ano. Dali podem vir outros vírus, prejudiciais à nossa saúde.
- Esta é uma amostra de que vírus patogênicos para humanos e animais também podem estar preservados em camadas antigas do permafrost. Alguns, inclusive, podem ter sido responsáveis por epidemias mundiais - alerta Chantal Abergel, coautora do estudo sobre a redescoberta do P. sibericum, publicado esta semana na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS).