Deputado estadual Manoel Santos (PT) (Foto: Assis Ramalho)
A conjuntura política nacional sempre foi o cenário de atuação da Contag. Como o Senhor avalia a trajetória da Confederação diante das diversas mudanças ocorridas no Brasil?
A Contag teve uma participação importante nas negociações por direitos das mulheres e dos homens do campo, nos sucessivos governos que comandaram o nosso país. Um ano após o seu surgimento, em 1963, por exemplo, se instala a Ditadura Militar e a Confederação recém-criada, teve a sua direção destituída para que esta fosse comandada por um interventor, o José Rota. Nesse regime, seguimos até 1968, quando houve uma eleição, onde o sindicalista pernambucano, de Vicência, José Francisco, montou uma chapa e venceu as eleições com 6 votos contra 5 conquistados pelo interventor. Dentre as instituições de representação do meio rural, no âmbito nacional, a Contag foi única a não ser extinta no período da Ditadura e, com isso, ela conseguiu ajudar muitas outras organizações e movimentos sociais que eram perseguidos a continuar atuando. Depois veio o processo de redemocratização, a luta pela Anistia, pelas Diretas Já e várias outras.