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Cantor e compositor Gean Ramos é atração do Trupé de Cultura Foto: Assis Ramalho
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O cantor e compositor
Gean Ramos, conhecido como cantor Pankararu, é atração deste sábado (03), às 22 horas, no palco do
Trupé de Cultura, evento promovido pelo empresário Jadilson de Souza Ferraz em comemoração aos 16 anos de atividade do Grupo Trupé, marcando a inauguração do espaço
Trupé Cultural, primeiro museu particular do município de Petrolândia. O Trupé de Cultura tem eventos marcados durante todo o dia de hoje e também do domingo, na Orla Fluvial da cidade.
Gean Ramos foi entrevistado pela reportagem do Blog de Assis Ramalho, pouco depois da brilhante conquista do cantor e compositor na Exposamba São Paulo 2013, do qual participou com a músicas,
Joanas Marias e Terezas (Saia Florida) e foi o único artista a obter dois prêmios: 2o. lugar do júri técnico e 4o. lugar no júri popular.
Entre outros assuntos tratados na longa entrevista, de uma hora de duração,
Gean Ramos, que
atualmente trabalha na divulgação do DVD
Trajetória, falou sobre sua carreira, sua formação musical, sua batalha para se firmar no meio musical e o reencontro com a cultura Pankararu, que permeia sua música. O compositor criticou a falta de apoio dos governantes à cultura local, em detrimento de artistas de fora e comenta sua vitoriosa participação na Exposamba 2013.
No início da nossa reportagem, transmitimos os parabéns a Gean Ramos pela conquista na Exposamba São Paulo 2013. Em seguida, pedimos que o cantor pankararu traçasse um painel do estilo de sua música e da trajetória de sua carreira.
Gean Ramos: ''Antes de tudo, eu quero agradecer pelas sua palavras de incentivo. Sobre o meu trabalho, é um trabalho que vem sendo desenvolvido não apenas a partir deste festival em São Paulo pra cá. É um trabalho que já vem sendo sequenciado de muitas andanças, de muitas buscas. A gente vive em uma região em que existem muitos talentos e existem ainda muitas coisas para acontecer. Sobre a minha música, ela tem uma proposta universal e, exatamente por isso, durante muito tempo ela não foi compreendida aqui na região, porque é uma música que não é feita para os limites dos municípios, nem para os limites dos estados. É uma música do mundo. É uma música que fala de contextos que se vivem aqui, na África, na França ou em qualquer outro lugar. Então, saí daqui com um propósito de representar um município, um estado, uma região, porque, independente de qualquer coisa, eu não nego as minhas origens. Eu sou natural da cidade de Jatobá, eu sou natural de Petrolândia, porque eu tenho fortes ligações com essa cidade. Desde a Petrolândia antiga, que foi o lugar onde os meus irmãos e os meus tios moravam. Sobre a velha Petrolândia, eu tenho vagas lembranças porque eu era muito pequeno e eu morava no sítio Bem Querer. Mas eu lembro que quando eu ia à cidade era uma emoção muito grande''.