"Um país pode projetar o seu poder e a sua liderança fora de suas fronteiras nacionais por meio da coerção, da cooperação, da difusão das suas ideias e valores, e também pela sua capacidade de transferir dinamismo econômico para sua "zona de influencia". Mas, em qualquer caso, uma política de projeção de poder exige objetivos claros e uma coordenação estreita entre as agências responsáveis pela política externa do país, envolvendo a diplomacia, a defesa, e as políticas econômica e cultural. Sobretudo exige uma sociedade mais igualitária e mobilizada, e uma "vontade estratégica" consistente e permanente, ou seja, uma capacidade social e estatal de construir consensos em torno de objetivos internacionais de longo prazo, junto com a capacidade de planejar e implementar ações de curto e médio prazo, em conjunto com os atores sociais, políticos e econômicos relevantes", escreve José Luís Fiori, professor titular de economia política internacional da UFRJ, em artigo publicado pela Carta Maior, 31-07-2013.
Eis o artigo.
"A impotência dos economistas não é culpa da economia, é culpa do "desenvolvimento" que não cabe dentro dos limites estreitos da própria economia."J.L.F. "Poder, Geopolítica e Desenvolvimento", Editora Boitempo, SP, 2013, pg 21, (no prelo)