Sob pressão interna e dos acontecimentos nas ruas, a mesa diretora da Assembleia Legislativa de Pernambuco-ALEPE fez, ontem, uma reunião fechada e tensa para discutir pontos de divergência na Casa e na relação com o governo do Estado. O colegiado decidiu cortar comissionados – na área de administração, admitindo também reduzir nos gabinetes – e transferir as vagas necessárias para um concurso público no segundo semestre, e chegou a discutir insatisfação da bancada governista com o Executivo estadual e com a liderança do governo no Legislativo.
Informações levantadas pelo JC e passadas nos bastidores da Assembleia revelam que, para dobrar insatisfações, o presidente Guilherme Uchoa (PDT) esteve com o governador Eduardo Campos (PSB), na sede provisória do governo, no Centro de Convenções, analisando o levante das ruas no País e discutindo problemas na base governista. Uchoa obteve de Eduardo a autorização para anunciar que, até o final do ano, o governo pagará todas as emendas parlamentares de 2013 – proposta transformada em obrigação constitucional, por iniciativa do próprio governador –, uma das insatisfações dos deputados.