Depois de outras três alterações de traçado, os gestores envolvidos na obra reforçam a necessidade do replanejamento. De acordo com o diretor de desenvolvimento do Convida Suape, Armênio Ferreira, sair dos centros urbanos reduzirá os gastos com desapropriações em até R$ 40 milhões, segundo levantamento interno da empresa. Outro ponto positivo é o ganho energético pela nova região ser mais plana, o que deixa os sistemas de partida e de freio do trem mais ágeis e confortáveis.
As três recentes mudanças estão dentro do último trecho da ferrovia no estado, que reúne cerca de 100 quilômetros de trilhos e deixam suspensas as desapropriações, principal entrave do reprojeto. “Os acordos entre TLSA e governo federal sobre o novo (e mais real) custo da obra, que pode passar de R$ 5,4 bilhões para R$ 7,5 bilhões, têm sido um grande problema ao avanço deste último trecho. Como o traçado demora a ser aprovado, as negociações para a liberação de terrenos não conseguem andar”, disse o secretário de projetos especiais da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do estado (Sdec), Luiz Quental. A TLSA informou que não vai comentar os projetos por ter o custo da obra ainda em análise em âmbito federal.
O projeto sofrerá a quarta intervenção para desviar parte dos trilhos no centro do Cabo de Santo Agostinho, onde, inclusive, está sendo implantado o projeto Convida Suape, cidade planejada para 100 mil habitantes.
Em Custódia, no Sertão, depois de anos de entrave para definição da manutenção da Igreja São Luiz Gonzaga, no Sítio Fazendinha, uma nova rota foi planejada, passando 14 metros ao lado da unidade. Uma nova igreja chegou a ser construída em 2011, mas não houve adesão da comunidade.
Entenda a obra:
A Ferrovia Transnordestina terá 1.728 quilômetros e partirá de Eliseu Martins, no Piauí, até o município de Salgueiro, no Sertão do estado. A cidade será a conexão para os dois portos nordestinos, de Pecém, no Ceará, e de Suape, em Pernambuco.
O prazo de entrega do projeto, atualmente, é indefinido. Apesar de o último balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) destacar 2015, a falta de celeridade da obra já faz o cronograma ser estendido a 2016.
Da Redação do Blog de Assis Ramalho
Fonte: Transnordestina Logística S.A. (TLSA)/Ministério dos Transportes
Fonte: Transnordestina Logística S.A. (TLSA)/Ministério dos Transportes