No dia 17 de fevereiro, domingo de carnaval daquele ano, estávamos tomando uns gorós no Bar de Rosa, nos preparando para ir ao encontro do Bloco de Pantaleão, no centro da cidade. De repente, tivemos a ideia de ''roubar'' um pote que existia no Bar de Rosa. Esse pote servia água aos clientes do bar, que também vendia cocada no seu estabelecimento comercial. Vale dizer que a nossa turma era freguesa assídua do Bar de Rosa.
Usamos alguém para entreter Rosa no pé do balcão, enquanto praticávamos o ''furto'' do pote. A partir dali, com o pote cheio de ''goró'' (uma mistura de cerveja, Montilla, cachaça e Deus sabe mais o que), saímos pelas ruas, acompanhando o bloco carnavalesco de Pantaleão e distribuindo a ''garapa'' para o povão. O sucesso do pote foi tanto, que não faltou quem patrocinasse (e não foi a prefeitura) a bebida quando o mesmo ficava vazio. O pote não sobreviveu à folia, mas Rosa ganhou um pote novo. Tivemos que pagar o preço, no mínimo triplicado por exigência da dona do bar.
A partir daquele ano, foi fundado oficialmente o Bloco Turma do Tacho, já com maiores proporções, inclusive com camisetas. Substituímos o pote pelo tacho, por ser mais fácil de locomover. Para a alegria de Adalberto, o carregador oficial do pote, que ainda hoje diz que o seu pescoço dói depois de carregar durante toda aquela festa o pote na cabeça.
Atualmente, Sílvia Barbosa (do PETI) e Vicente do Banco do Brasil, que atualmente trabalha fora do município mas não perde um carnaval em Petrolândia, são os organizadores oficiais da Turma do Tacho. Como agremiação informal, nunca teve diretoria. Talvez por isso nunca tenha se desfeito, pois o encontro não é uma obrigação de estatuto e sim uma alegre confraternização.
Nossa tradicional reunião carnavalesca ainda hoje é realizada anualmente para fortalecer os laços de amizade e promover reencontros com amigos que trabalham em outras cidades e visitam Petrolândia no feriadão do carnaval.
Neste próximo domingo (10), nosso tradicional encontro vai ser realizado a partir das 10 horas da manhã na residência de Sílvia Barbosa, na Quadra 01, na rua Engenheiro Brandão Cavalcante, esquina com a avenida da Orla Fluvial.
O cardápio, como sempre, é o tradicional caldo de mocotó, acompanhado de diversas bebidas. E, claro, não pode faltar a estrela: o tacho.
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Da Redação do Blog de Assis Ramalho
Fotos: 1989 - Arquivo pessoal, 2011/2012 - Lúcia Xavier