|
A árvore maltratada é a terceira, da direita para a esquerda |
As plantas são seres dotados de vida. Se têm vida, podem morrem. O problema é que os "seres humanos" não percebem que árvores são muito mais úteis ao planeta Terra do que a espécie humana, cuja única serventia ecológica é tornar-se adubo após a morte.
|
Árvore-lixeira na Av. José Gomes de Avelar |
Em Petrolândia, na manhã desta segunda-feira (13), uma leitora ficou revoltada ao perceber o que foi feito a uma das árvores
ficus, plantada no canteiro da Av. Prefeito José Gomes de Avelar, na Quadra 05. O tronco da pequena árvore foi raspado e um produto desconhecido foi despejado sobre a raiz.
É uma tentativa de matar mais uma árvore dessa avenida? Não faz muito tempo que vimos outra árvore, em frente ao Posto de Saúde Santa Inês, morrer (ou ser morta) de repente. Sem nenhum motivo aparente, a árvore foi-se tornando ressequida e em poucos dias estava completamente morta.
Absurdamente, muitas pessoas acreditam que a vida das árvores do canteiro público lhes pertence, porque a plantaram ali ou lhes oferecem um pouco de água. Isso não é mais do que a obrigação de cada cidadão consciente de sua atuação no organismo da Mãe Terra. Todo ser humano deve mais do que apenas uma árvore ao planeta Terra. Deve muitas delas pelo ar que respira, pela roupa que veste, pela terra que habita, pelo combustível que consome, por todos os recursos naturais que explora. Fazer o plantio de árvores não é favor a vizinho, a prefeito. Arborizar é uma obrigação humana diante da dívida que temos com a Natureza.
Outro caso de descaso é a árvore que serve de lixeira, também no canteiro da Av. José Gomes de Avelar.
É uma pena que, nos dias de hoje, raras pessoas reajam com espanto ao ver árvores transformadas em suportes para sacos de lixo e não sejam muitas as que sintam constrangimento em contribuir negativamente com a limpeza urbana da cidade.
A maioria das pessoas não percebe como colaboram para viver, constantemente, rodeadas de lixo, porque ele se tornou parte da paisagem. O lixo é visto, sem assombro, assim como, num passado não muito distante, não causava espanto ver porcos passeando pelas ruas e terreiros das casas, mais à vontade do que os cães passeiam atualmente.
O tempo transforma cidades e traz tecnologias, mas as mentalidades e hábitos o tempo, sozinho, não muda.
Da Redação do Blog de Assis Ramalho
Fotos: Lúcia Xavier