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Agenciadores Edvaldo e Carlenildo, ao lado das secretárias Aninha e Natália |
A Agência de Empregos e Empreendimentos de Petrolândia (CLD) continua enviando trabalhadores de Petrolândia e região para trabalhar fora de Pernambuco. Nesta quarta-feira (16) a empresa enviou mais um ônibus, com um grupo de 48 trabalhadores, com destino à cidade mineira de Ouro Branco.
A reportagem do Blog de Assis Ramalho esteve no escritório da CLD para conferir a partida de mais uma turma, em busca trazer melhoria na qualidade de vida para suas famílias, e conversou com Edvaldo, gerente administrativo da obra de Ouro Branco (Paranasa). Ele fala sobre o drama de trabalhadores na hora da despedida de suas famílias, as condições que a empresa Paranasa oferece aos seus empregados e a parceria com a empresa CLD de Petrolândia. Confira abaixo a entrevista:
Assis Ramalho: Edvaldo, como funciona esse trabalho de vocês, levando trabalhadores da região para bem longe?
Edvaldo: Assis, este trabalho é muito delicado porque nós estamos trabalhando com pessoas, e agora eu estou aqui, com essa parceria com o Carlenildo. Nós já encaminhamos uma turma de Picos (PI). Recentemente nós mandamos dois ônibus lotados daqui de Petrolândia e o quarto ônibus nós enviamos da cidade de Cabrobó.
Assis Ramalho: Há quanto tempo você trabalha neste ramo?
Edvaldo: Assis, eu já estou neste ramo há mais de 20 anos. Mas na região aqui do Nordeste, eu estou com mais ou menos 5 anos. Então eu posso dizer que já vi várias situações. A felicidade do trabalhador de querer buscar melhoras para sua família, o momento difícil que é o da despedida da família, com muitos choros. Às vezes bate a incerteza em alguns na hora da partida. Fica naquela "vou, não vou", mas ele sabe que tem que subir no ônibus e partir para a luta, porque está em jogo o futuro da família naquele momento.
Assis Ramalho: A sua responsabilidade não deixa de ser muito grande, não é mesmo, Edvaldo?
Edvaldo: Com certeza. A minha e a de Carlenildo, que é o agenciador aqui de Petrolândia. Ele é uma pessoa de confiança. A empresa em que eu trabalho se chama Paranasa. Ela se situa em Ouro Branco (MG), uma cidade próxima de Ouro Preto. Essa obra, é uma obra muito importante, é um laminador de chapa de aço, e esse laminador é uma lâmina gigante que corta as chapas de aço. O trabalho de seleção é um trabalho rigoroso, onde nós analisamos as carteiras profissionais para comprovar se realmente aquele candidato está exercendo essa função que está no registro na sua carteira.
Assis Ramalho: Como nasceu essa parceria com o agenciador Carlenildo?
Edvaldo: Olha, Assis, essa parceria nasceu de um simples telefonema da Secretaria entre o Carlenildo trabalha na Prefeitura (de Petrolândia), e o nosso encarregado do departamento pessoal de Ouro Branco, onde ele ligou perguntando se aqui na região tinha algum local que tivesse mão-de-obra, ou seja, uma agência de emprego. E o Carlenildo se interessou pelo assunto e começou a selecionar o pessoal, e a gente vinha aqui recrutar os trabalhadores.
Assis Ramalho: Edvaldo, eu tenho informações que a Paranasa em breve estará recrutando trabalhadores para a Paraíba. É verdade?
Edvaldo: Com certeza. A Paranasa é uma uma empresa autêntica. Ela está neste ramo de construção civil há mais de 30 anos. Ela tem três sócios lá de Minas Gerais, tem obra em Imperatriz (MA), em João Pessoa, e em breve estaremos levando trabalhadores para Paraíba e também para Fortaleza.
Assis Ramalho: Então daqui a pouco mais um ônibus estará partindo de Petrolândia para Minas Gerais.
Edvaldo: Exatamente. Daqui a mais ou menos quatro horas estará saindo um ônibus daqui de Petrolândia, com trabalhadores deixando suas famílias e sabendo que vão trabalhar muito longe de casa. Mas a Paranasa e a Agência de Carlenildo, nós damos todo o apoio, todo suporte de transporte, de alimentação para eles chegarem bem lá em Ouro Branco e já começarem a trabalhar.
Assis Ramalho: Qual o procedimento da empresa quando eles chegam lá?
Edvaldo: A empresa trabalha com toda responsabilidade. Chegando lá já têm alojamentos, já têm restaurantes para eles se alimentarem e, automaticamente, um dia após eles chegarem lá, eles já vão para exames médicos, e depois começam a trabalhar.
Assis Ramalho: Edvaldo, obrigado pela entrevista e boa sorte com a rapaziada.
Edvaldo: Eu é que agradeço a você, Assis Ramalho, em ter vindo aqui fazer essa reportagem que é de muita importância, e quero dizer que nós estamos levando mão-de-obra daqui do Nordeste, e a mão-de-obra do Nordeste é a mais forte que existe no Brasil.
Assis Ramalho: Só pra finalizar. Edvaldo, você é filho de qual estado?
Edvaldo: Eu sou um paulista e moro em Santos, mas sou filho de alagoano casado com uma paraibana.