Raça 4 Tropical (RT4), praga conhecida como mal-do-Panamá, está presente em quatro continentes e foi registrada no Peru e Colômbia, ambos fazem fronteira com o Brasil
O Brasil é o quarto produtor mundial de banana e Pernambuco ocupa o quinto lugar no ranking da produção nacional. A bananicultura é ainda a principal cultura de frutas no Estado com maior área de cultivo e produção anual de 432.895 toneladas (IBGE, 2021). O setor produtivo que fatura mais de R$ 13 bilhões por ano deve ficar alerta para evitar a chegada da doença Raça 4 Tropical (RT4), praga provocada pelo fungo de solo Fusarium oxysporum f.sp. cubense (Foc), que destrói as plantas e ainda não possui medidas eficazes de combate e erradicação.
Por orientação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), conforme Instrução Normativa Nº 30, todos os estados produtores deverão realizar o levantamento fitossanitário para possível detecção da praga. Em Pernambuco o trabalho será executado pela Adagro, envolvendo todas as Gerências Regionais. A ação faz parte do Plano Nacional de Prevenção e Vigilância de Fusarium oxysporum f.sp. cubense raça 4 tropical, que estabelece as diretrizes e os procedimentos focados na prevenção e contingência de possíveis focos.
A Fusariose da bananeira, conhecida como mal-do-Panamá e murcha de fusário, não contamina os frutos e nem oferece risco à saúde humana, mas mata a bananeira por atacar o sistema vascular e acarreta prejuízo financeiro aos produtores. O fungo possui três raças patogênicas: 1,2 e 4 e as formas mais leves (1 e 2) incidem em todas as regiões produtoras do mundo, inclusive no Brasil. Em Pernambuco os maiores plantios com as cultivares mais suscetíveis ao Foc R4T (Nanica, Nanicão e Grande Naine) encontram-se no município de Ibimirim, no Sertão do Moxotó.