O protocolo que escolas, faculdades, universidades e cursos livres deverão seguir, em Pernambuco, para retomada das aulas presenciais será detalhado nesta quarta-feira (15), às 16h, pelo governo estadual. No fim da manhã, o Executivo divulgou algumas dessas regras, que envolvem distanciamento social, medidas de proteção, prevenção, monitoramento e comunicação nas unidades de ensino, públicas e privadas. No Estado, a suspensão das aulas presenciais, por causa da covid-19, completa quatro meses no próximo sábado (18).
Mas a informação sobre as datas para reabertura dos estabelecimentos de ensino não será dada nesta quarta-feira, segundo o governo. A elaboração do protocolo foi coordenada pelo secretário de Educação de Pernambuco, Frederico Amancio, que vai detalhar o protocolo em coletiva de imprensa transmitida no canal oficial do Governo de Pernambuco no Youtube.
Medidas como uso obrigatório de máscara por alunos, professores e funcionários e distanciamento mínimo de 1,5 metro dos estudantes em sala de aula são algumas das regras. Antes de concluir o documento, o secretário de Educação ouviu diversos representantes da educação pública e particular.
Embora tenha havido essa escuta, o governo decidiu abrir uma consulta pública para que a sociedade em geral possa apresentar sugestões ao documento. Até sexta-feira da próxima semana, dia 24 de julho, interessados em contribuir com o protocolo deverão acessá-lo no site da Secretaria de Educação de Pernambuco. As regras reúnem recomendações para educação básica, ensino superior e cursos livres (cursos de línguas, técnicos, de qualificação profissional e outros).
“Nosso objetivo ao divulgar o protocolo setorial da educação é fazer com que as instituições de ensino possam realizar seu planejamento e tomar as providências necessárias para o retorno dos estudantes às salas de aula. É importante ressaltar que as instituições, sejam das redes pública ou privada, poderão estabelecer protocolos com medidas complementares, desde que sigam as orientações gerais do documento apresentado pelo governo de Pernambuco”, destaca o secretário Frederico Amancio.
Decreto assinado pelo governador Paulo Câmara mantem as unidades de ensino fechadas até o dia 31 de julho por causa da pandemia da covid-19. O decreto foi publicado pela primeira vez em 18 de março. Segundo o Estado, adefinição das datas de reabertura do setor educacional depende do cenário epidemiológico do novo coronavírus
SUGESTÃO
O Sindicato das Escolas Particulares de Pernambuco (Sinepe) entregou ao governo estadual, no dia 3 de julho, uma proposta com calendário para retomada das aulas presenciais. A entidade sugeriu que a reabertura começasse em 21 de julho, com turmas da educação infantil, o 1º e o 9º ano do ensino fundamental e as três séries do ensino médio.
Considerando que a consulta pública estará aberta até 24 de julho, já é certo que a data apresentada pelo sindicato, portanto, não vai ser a adotada pelo governo.
No material repassado ao Estado, os donos de escola também indicaram que as turmas poderiam reiniciar com 50% dos alunos. A outra metade ficaria em casa, com aula remota. A adoção de atividades online foi a saída encontrada por diversas redes, públicas e privadas, para que os estudantes não ficassem tanto tempo sem aulas.
ALGUMAS REGRAS
O governo estadual já antecipou algumas regras que compõem o protocolo para reabertura das unidades de ensino:
- Distância mínima de um metro e meio entre os estudantes
- Também distância mínima de 1,5 metro entre os trabalhadores em educação e colaboradores em todos os ambientes da unidade de ensino
- Obrigatório o uso de máscara por todas as dependências das unidades de ensino (devendo ser observadas orientações específicas quando se tratar de crianças até dois anos de idade)
- Promoção de diferentes intervalos de entrada, saída e alimentação para evitar aglomerações nas dependências da escola
- Adiamento de todo e qualquer evento presencial na escola
- Suspensão das atividades esportivas coletivas
- Alunos, trabalhadores em educação e demais colaboradores devem receber orientações para evitarem contatos próximos, como apertos de mãos, beijos e abraços
- Horários das refeições devem ser alternados e a escola deve estabelecer o distanciamento de dois metros durante a alimentação dos estudantes
- Oferta de álcool 70% e locais para lavagem frequente das mãos
- Reforço da limpeza e desinfecção dos ambientes e das superfícies mais tocadas, como mesas, cadeiras, maçanetas, banheiros e áreas comuns, antes e durante o expediente
- Uso de meios de comunicação disponíveis (comunicação interna e redes sociais) para orientar os estudantes, trabalhadores em educação e colaboradores em ações de higiene necessária para as mãos e objetos, utilização e troca da máscara de proteção e como se alimentar com segurança.
Por Diário de Pernambuco