Tumulto criado por boato de que barragem teria estourado, durante a cheia de 1975, provocou três mortes por ataque cardíaco, dezenas de pessoas ficaram feridas e com crise nervosa, atendidas em hospitais públicos e particulares no Recife.
Orientado pela professora Májory Karoline Fernandes de Oliveira, o autor apresentou o boato como um fenômeno infocomunicacional, fazendo uso do Método Quadripolar, um tipo de metodologia que proporciona uma investigação mais dinâmica e um intercâmbio interdisciplinar, formado pelos polos epistemológico, teórico, técnico e morfológico. Para retratar o boato mais famoso do Recife, ocorrido no dia 21 de julho de 1975, além de um vasto material bibliográfico de referência, o pesquisador utilizou também materiais jornalísticos e governamentais da época. Segundo a dissertação, que trata o boato como algo social, uma informação de interesse público, mas sendo comunicada de maneira informal, boca a boca, “o estado de excitação geral baixa o senso crítico e predispõe à ilusão”.