Fotos: Assis Ramalho/BlogAR)
Manifestação teve o apoio da Polícia Militar (4ª CIPM)
Na manhã desta segunda-feira (28), centenas de moradores de Petrolândia, no Sertão de Pernambuco, saíram às ruas em apoio ao manifesto dos caminhoneiros. De pé, de carro, de moto e em caminhões, todos percorreram as principais ruas e avenidas.
Entre os pronunciamentos de participantes do evento, o destaque foi o duro discurso do empresário Jadilson Ferraz, que não poupou críticas ao governo federal, à Rede Globo e à falta de adesão de maior número dos comerciantes locais ao movimento.
''Eu queria que os comerciantes [de Petrolândia] saíssem junto com a gente'', disse Jadilson, que ainda acrescentou. ''Tem pouca gente aqui e, se a gente vencer, os que não estão fazendo nada ganham. Infelizmente, o mundo é composto de gente que trabalha, gente que não trabalha, gente que faz, gente que não faz, gente que se preocupa e gente que não se preocupa. Eu sou aquele que trabalha, que faz e se preocupa'', disparou Jadilson Ferraz.
O empresário disse que o seu discurso não era político, pois não estava defendendo nenhum partido e nenhum político.
''Não estou aqui para brincadeira, não estou para 'me amostrar', não sou político, não estou defendendo partido nem nome de ninguém. Eu sou cidadão igual a qualquer um. Eu vendi picolé na velha Petrolândia, poucos conhecem, mas eu cresci assim. Eu amo minha cidade, amo meu povo, amo o meu Brasil e faço tudo que puder por ele'', disse.
Jadilson disparou críticas à Rede Globo, pedindo boicote à emissora.
''Boicotem a [Rede] Globo, que a Globo é quem está dando apoio ao governo. A Globo é quem está lançando a corrupção no Brasil. A Globo recebe mais de quatrocentos e cinquenta milhões para divulgar. Eu fui funcionário do Banco do Brasil e eu sempre critiquei. Em 1989, eu criticava o Banco do Brasil, que pagava para fazer propaganda. Só tinha ele em Tacaratu, só tinha ele em Petrolândia. Então, precisava de propaganda pra quê? Depois em vim ver que era roubo. Os Correios fazendo propaganda, quem é o concorrente dos Correios? E a Globo ganhava bilhões com aquelas divulgações'', desabafou.
Jadilson disse que o país está entregue e que não vale mais a pena ser comerciante, por falta de segurança.
''Esse país está sendo entregue. Ou o povo se levanta, fecha estradas, apoia os caminhoneiros ou vamos se tornar escravos. Eu mesmo, eu desisto de ser comerciante, porque não vale a pena ser mais comerciante. Montamos uma farmácia, ficamos aberto até as 11 horas da noite para atender alguém que precise de um remédio às 11 horas da noite. Chegou dois bandidos e assaltaram, botaram o grupo em risco e não tem uma lei que puna essas pessoas. Acharam pouco e foram a segunda vez. Eu não quero viver para morrer nas mãos de bandidos, porque trabalho, porque gero emprego. Eu gero 40 empregos diretos em Petrolândia e admiro as pessoas que geram empregos'', complementou.
Jadilson Ferraz ainda fez outras críticas em seu discurso. Assista aos vídeos abaixo.
Ver fotos>Petrolândia faz manifestação em apoio aos caminhoneiros
Ver fotos>Petrolândia faz manifestação em apoio aos caminhoneiros
Assista discurso do empresário Jadilson Ferraz
Redação do Blog de Assis Ramalho
Fotos e vídeos: Assis Ramalho/BlogAR